Um é pouco na hora de saciar a fome e o desejo. Quem come, não come um... come dois... melhor ainda três. À dois sacia-se o desejo, à três, a fantasia. E há quem não goste de cerejas... do seu gosto agridoce. Eu gosto, simultaneamente, o doce e o azedo... De provar todos os gostos... Há ainda aqueles que têm medo... Nada de sobremesas... são cautelosos, comem pouco para cuidar da aparência... e não abrem mão do velho feijão com arroz... Nada picante, nada ácido... Será medo de gostar ou medo de ousar?
Eu gosto de frutas vistosas, suculentas e encorpadas.. Gosto até só de ficar só olhando... Como com a boca e com os olhos... Muitos comem com os olhos... e ficam imaginando seu gosto... Por que não provar o que se tem vontade? Comprazer-se sozinho é egoísmo. Convide seu par... Divida o que é bom. Pecar junto é divino... E para mim gula não é pecado. Sofreguidão é fome de vida...
Sou esganada sim. Quero tudo... até o fim. A festa, as pessoas, o bolo. As cerejas do bolo. Como-as até o cabo. E ainda lambo os dedos.
Carolina Salcides
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E o melhor de tudo, é que além das cerejas, tem o bolo inteiro...
ResponderExcluirMuito bom teu texto!