Chove em mim: todas as dores do mundo, misturadas com todos prazeres e quereres. Chove em mim: uma enxurrada de emoções, um misto de tesão, de fúria e loucura. Lua nova entra hoje, e eu saio pela outra porta, vou pra longe. Não quero ser mudada. Ela vem nova e, eu nada. Ela chove, e eu seco. Tanto bate que eu choro, mas bate que eu adoro!
Renovo nada, dona lua, continuo na chuva, nua, louca, rouca. Sou teimosa, sou do contra. Pode vir molhada que eu te bebo e não sobra nada. Vem forte em mim, chove tua fúria nos meus poros, me afogue com tua vontade de não ser nada, apenas de tocar em mim.
Escorre silenciosamente assim. Percorre meus caminhos antes de chegar ao fim. Antes que meu calor te evapore, me prove, entra em mim!
Carolina Salcides
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chova ou faça sol, ou mude a lua, mas continue nos brindando com suas palavras e emoções(ou criações) tão boas e intensas...
ResponderExcluirParabéns, Júlio